segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A Necessidade do Estado II

Livro da Semana 5

Lavagante, Edições Nelson de Matos, Lisboa, 2008
O livro da semana lê-se numa tarde. Num piscar de olhos chega-se à última página. Pois como João Pereira Coutinho um dia escreveu sobre Lobo Antunes, há quem escreva como o Fred Astair dançava. É o caso de Cardoso Pires.

Assim como o um critico exclamou que Emanuel Nunes sabia começar uma ópera; o supra citado João Pereira Coutinho escreveu que o José Cardoso Pires sabia começar uma obra. Quando? Ora, quando invocava no Expresso o início do livro: «Bebemos mais um copo: o oitavo ou o décimo, não sei bem». É Genial!

O livro relata a história de um amor proibido de Daniel, um sujeito que acaba de deixar o Aljube, onde «aprendera a guardar uma distância quando se observa em certas ocasiões, como é próprio dos indivíduos habituados a viver sós. Então tratava-se por rapaz e punha nisso a tal distância, o humor e a ternura de quem se dirige a um estranho que se pretende corrigir. "Rapaz", repetiu vezes sem conta na sua cela do Aljube. "Calma, rapaz."» (págs.50-51). A obra é uma conversa entre Daniel e o Narrador, onde a «sombra de Cecília paira sobre mim e o Meu Amigo, dois conversadores nocturnos sentados sob o alpendre duma casa de praia. É por enquanto uma sombra, um contorno de mulher, seu quiserem. Esse contorno compõe-se de instantes de memória, deslocados no tempo e na distância, tal como sucede com os farolins das embarcações de pesca que andam ao largo» (pág.37). Quem é Cecília? Esse amor que sendo proibido, é correspondido; é «um punhado de instantes luminosos, dispersos no tempo e arrastados pela voz de um companheiro que a evoca» (pág.38). E a descrição física é de ir às lágrimas (veja-se as páginas 27 e 28).

A metáfora do Lavagante é muito bem conseguida: quem espera sempre alcança, poderia exclamar o leitor. É que de facto, tal como o Lavagante faz ao Safio, esse marido amorfo e cornudo que na obra é continuamente aviltado, vai lentamente deixando a traição da mulher consumar-se, para, num gesto frio e vingantivo, por fim a um amor que era legalmente impossível. Atirando para a cadeia o amante da mulher que «hora a hora, minuto a minuto, foi compreendendo que alguma força lá fora o mantinha afastado do mundo, no isolamento a que estava reduzido, e que essa força poderia ser a mesma que tinha libertado Cecília ao fim de poucas horas» (pág.82), o Engenhiro, acabaria não só por se identificar com o lavagante, mas também por inverter o seu paradigma, e porque numa «questão táctica [...] para ganhar uma presa é necessário às vezes soltar a outra» (pág. 83), o Safio, neste caso Daniel, será libertado pela mão invisivel do mesmo Engenheiro, sob uma implícita e tácita condição de Cecília, a outra presa, se manter fiel. Concluirá Daniel: «Todos os bichos sabem isso, e o lavagante também. Se sabe!» (pág. 83).

Politicamente o livro está encharcado. Mas que esperávamos? É Cardoso Pires!
O amante traído, esse famoso Sapo, um «fascista daqueles», surge como um engenheiro e acaba como um PIDE que continuamente é chamado de mau homem (p.e. safado pág.45). Há também as referências à censura, como o discurso inicial do jornalista bêbado de 39 anos («Viciámo-nos. Agora temos a Censura a escrever por nós. E amanhã? Quem sabe escrever amanhã, quando a Censura acabar?[...] A minha mão medrosa está viciada, amigos, escreve com medo...» cfr. pág.13), esse msmo discurso que levará o narrador a interrogar-se se poderia «reduzir um homem a um grito?,[...] ouvindo os lamentos do jornalista nosso companheiro» (pág.21). Esse mesmo Jornalista que insultará continuamente (Cabra, grandecissima cabra...18) Cecília, a femme fatale da história.

Mas, como desde já se vê, literáriamente Cardoso Pires é um maestro. Atente-se as descrições citadas. E leiam-se as passagens: «Diante de nós passam os autocarros vazios, de regresso a Lisboa, e veraneantes a caminho das esplanadas e do cinema da vila. E sobre esta feira sem música, esta procissão de vozes no escuro, um nome se levanta pela primeira vez entres dois amigos em confidências: Cecília» (pág.26); «Doutra maneira seria o strip-tease que conduz ao amor confessional e o amor confessional é a coisa mais complicada que Deus ao mundo deitou» (pág.50); e «Recapitulando, no dicionário de Daniel, Mulher Que Se Olha Ao Espelho é toda aquela que está permanentemente diante de si mesma; o pavor do ridículo caracteristico desta espécie origina, por via de regra, uma incapacidade de se entregar cujas consequências são por vezes dolorosas. A Mulher Que Se Olha Ao Espelho preza-se demasiado (ama-se, é o termo) para conseguir deixar de se estudar nas circunstâncias mais adversas e procura compensar as suas quebras de autoridade com uma critica impiedosa das situações absurdas» (págs.51-52). Ou mesmo a brilhante «E durante cinquenta e dois dias repetiu dolorosamente esse nome: Sapo, o Sapo. Como um relógio a marcar o tempo, como o sangue batendo nas veias» (pág.83). E poderia citar muitas mais (veja-se a Chegada da Primavera nas páginas 63-64).

Não diria que o livro é uma história de amor; antes, conta uma história de amor. Mas o que paira em toda a obra é a imagem dessa Cecília. É ela que está presente em todos os capítulos. É ela o motivo de toda a acção. É ela que começa como uma sombra e acaba como uma imagem concreta. Dúvidas? Leia-se o que o narrador afirma no fim do livro: «AGORA, SIM, vejo Cecília, fria e soberana»(pág.85).

domingo, 24 de janeiro de 2010

A Necessidade do Estado I

Quando alguém mete o dedo na ferida, a defesa é «Democracia»!

«"Não estávamos habituados, em tantos anos de Democracia, a ver assessores da Presidência a escreverem artigos desta natureza", afirma criticamente o vice-presidente da bancada socialista.»
O Deputado Ricardo Rodrigues sofre do mesmo mal do PS: falta de democracia.
Quem é que disse algo contra o Partido Socialista? Quem foi? Quem foi? Pois claro, foi alguém que não é democrata! Estava-se mesmo a ver...

O Professor Carlos Blanco de Morais decidiu na sua simplicidade relembrar velhas lições de Direito Constitucional. Separação de Poderes, Poder Legislativo como função primária, e poder administrativo como função secundária, ambas independentes, sob pena de dominio Estadual.

Resposta: não estávamos habituados a isto em Democracia. O problema é que a democracia é isso mesmo: um manto de coisas inesperadas. Cada um deveria agir de acordo com a sua consciencia; não com o seu partido. E cada partido tem várias consciências. Por isso ela é um jogo inesperado.

Por outro lado, desde quando a Democracia é um argumento? É que isto de não estarmos habituados é pura ignorância. É que nunca Portugal esteve preparado para a democracia. É o velho probelma do que nasceu torto, tarde ou nunca se endireita. É assim a vida. E já lá vão 36 anos...

sábado, 23 de janeiro de 2010

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A ideologia homossexual e a redefinição do matrimônio

Diante da campanha internacional para redefinir o matrimônio, estendendo-o a união de pessoas do mesmo sexo, é preciso conhecer os argumentos contrários e saber explicá-los a todas as pessoas bem-intencionadas. É uma questão que envolve diretamente a maior fonte humana de felicidade, e por isso não podemos contentar-nos com chavões repetidos pela mídia.

Está em curso uma campanha internacional para redefinir o matrimônio, estendendo-o à união de pessoas do mesmo sexo. Quem não concorda com essa proposta, é considerado pela mídia e até por aqueles que o cercam um “insensível” e um “retrógrado”. No entanto, há fortes razões contrárias ao casamento dos homossexuais, sobretudo tendo o conta o bem deles mesmos.

Antes de mais nada, é necessário distinguir os argumentos utilizados pelas pessoas com atração pelo mesmo sexo (SSA: same sex atracttion, na sigla em inglês) das razões pelas quais as pessoas em geral apóiam a redefinição do matrimônio. Não parece provável que se consiga mudar a cabeça dos ativistas gays; mas é possível atingir os que simpatizam com as suas propostas, fazendo-lhes ver que redefinir o matrimônio:

– causa um dano real às famílias e às crianças;

– não resolve o problema das pessoas com SSA.

Uma maneira de fazer isso é examinar os motivos dos que desejam redefinir o matrimônio. É preciso ter em conta que muitas vezes se trata de pessoas que têm profundas feridas interiores, sofrimentos acumulados por anos e anos, e que procuram mudar a sociedade porque é mais fácil do que mudarem-se a si mesmas, uma vez que têm medo de encarar os próprios problemas.

I. A VERDADEIRA COMPAIXÃO
Na maioria dos casos, um adolescente ou adulto chega a experimentar a SSA porque, desde a primeira infância, sentia-se “diferente” do seu progenitor ou dos seus companheiros de mesmo sexo. Sentiu-se então inferiorizado e rejeitado, mas ocultou o seu aborrecimento. Essa atitude levou-o a distanciar-se dos companheiros do mesmo sexo, o que por sua vez levou estes a rejeitá-lo. Essa pessoa normalmente cresceu sentindo rancor pelos colegas e companheiros, mas também, e especialmente, pela figura dos pais. No caso dos ativistas gays, essa sensação de inferioridade e esse rancor canalizaram-se numa atitude de reivindicação, que pretende exigir agora de maneira violenta, nos termos deles, a aceitação que lhes foi negada na infância e adolescência. Não querem perdoar. Projetam a sua raiva nos outros.

As pessoas com SSA têm uma propensão significativamente maior do que o resto da população para desenvolver desordens psíquicas e vício em drogas e sexo. Os seus amigos e conhecidos percebem claramente os seus problemas, e o fato de notarem a fragilidade dessas pessoas pode levá-los a simpatizar com a idéia de “achar uma solução” para eles. Esta é, provavelmente, a razão porque muitos simpatizam com idéia de “ampliar o conceito” do matrimônio.

Essa boa vontade, porém, é desastrosa, pois a redefinição do matrimônio não resolve os conflitos internos das pessoas com SSA, antes as leva a bloquear-se em atitudes rígidas. Além disso, faz com que a autoridade pública, os médicos e a sociedade em geral “dêem o problema por resolvido” e neguem a ajuda e o tratamento necessários a pessoas com SSA que sofrem com a sua condição e a crianças que correm o risco de desenvolver SSA. A simpatia para com a fragilidade dessas pessoas deve, pois, dirigir-se para a prevenção e o tratamento, não para uma aparente “acomodação”.

Se você encontrasse um homem faminto, sedento e nu acorrentado a uma árvore, que faria? Você lhe daria comida, bebida e roupas, mas deixando-o acorrentado? Ou você o libertaria primeiro, para só depois ajudá-lo nas suas outras necessidades? Essa é a opção que nos é apresentada. Parece-me evidente que a única solução razoável é a segunda.

II. FALSIDADES... E AS SUAS CONSEQÜÊNCIAS
Os meios de comunicação ocultam constantemente a verdade sobre a SSA. A maior parte das pessoas, incluindo muitas que se opõem à redefinição do matrimônio, acredita em pelo menos uma das mentiras divulgadas sobre a SSA, e isso pesa muito na hora de argumentar. É necessário divulgar constantemente a verdade sobre esse tema:

– Não existe um “gene gay”. A SSA é uma desordem de caráter psicológico originada nas experiências da primeira infância. Um dos primeiros e mais comuns sintomas é o sentir-se “diferente” do progenitor e dos companheiros do mesmo sexo.

– As crianças com GID (Gender Identity Disorder, “desordem na identidade sexual”) apresentam alto risco de apresentar SSA ainda durante a infância e na adolescência.

– As pessoas não escolhem ter ou não ter SSA.

– A SSA pode ser prevenida e tratada.

– Crianças que se sentem “diferentes” ou rejeitadas são mais propensas a se converterem em vítimas de abusos sexuais.

– As pessoas com SSA, especialmente os homens, freqüentemente são viciadas em sexo. Além disso, essas pessoas apresentam maior tendência ao uso de drogas e ao suicídio.


A defesa do matrimônio deve ser acompanhada de um esforço sincero para tornar disponíveis os meios de prevenção e tratamento dos que sofrem de SSA. Esta é a verdadeira resposta ao pedido de redefinição da idéia de casamento. Aqueles que afirmam que a compaixão consiste em eliminar a “discriminação” não estão oferecendo liberdade, mas apenas uma escravidão mais confortável.

É preciso admitir que houve graves erros por parte da sociedade diante do problema da GID e da SSA. No começo da década de 60, a comunidade psiquiátrica revelou muitos fatores que conduzem à SSA e elaboraram programas de tratamento. Pediram que essa informação chegasse a pais, professores, pediatras e pastores de almas, a fim de que as crianças com GID pudessem receber a ajuda necessária, evitando-se assim a SSA. Acontece que não se fez o suficiente; e, em conseqüência, as crianças que não receberam tratamento nos anos 60 fizeram parte da primeira onda de atingidos pela epidemia inicial da AIDS, nos anos 80.

III. NÃO É TÃO FÁCIL ASSIM
Com freqüência, a crítica mais dura a esse enfoque vem dos que aceitam a afirmação do ativismo gay de que os “homossexuais simplesmente fizeram uma opção sexual”, mas não concordam com a redefinição do matrimônio: “Pois bem – perguntam-nos –, e se simplesmente não pudermos corrigir as pessoas com SSA? Por que temos de compadecer-nos delas? Não foram elas que escolheram a sua condição?”

Precisamos compreender, e ajudar os outros a compreender, por que as pessoas com SSA têm tanta dificuldade para resistirem à tentação de agir segundo as suas tendências.

Elisabeth Moberly, no seu livro Homosexuality (“Homossexualidade”), explica que todo o ser humano nasce com a necessidade de ser amado e aceito pelo progenitor do mesmo sexo. Quando faltam esse amor e essa aceitação, ocorre uma distorção da afetividade que retém a pessoa em estados de desenvolvimento infantis. A SSA “é essencialmente um estado de desenvolvimento incompleto”. É essa imaturidade afetiva que se opõe ao desenvolvimento harmônico da personalidade dos que dela sofrem: “A expressão sexual não é adequada para as relações anteriores à idade adulta, de modo que o impulso erótico direcionado a pessoas do mesmo sexo equivale a uma tentativa de reparar o déficit na identidade sexual”.

A resposta não consiste em suprimir a necessidade saudável de sentir-se amado pelos companheiros do mesmo sexo – com amor de amizade, amor entre iguais –, mas em satisfazer essa necessidade sem a mediação de um relacionamento sexual.

Por que isso é tão difícil? Porque a criança que não experimenta amor e aceitação por parte dos pais provavelmente sentirá um certo ódio por eles, mas não o expressará abertamente. Esse ódio reprimido converter-se-á em um ressentimento e rancor complexos, misturados à admiração que sente naturalmente pelo genitor de mesmo sexo.

A criança fica, assim, incapacitada a admirar as características próprias do seu sexo e a identificar-se plenamente com ele: sofre de GID. Não poderá socializar-se normalmente, porque essa falta de identificação a afasta dos colegas e amigos do mesmo sexo, o que por sua vez abre as portas à autopiedade, às condutas de auto-satisfação e, finalmente, ao orgulho. E torna-se incapaz de experimentar atração sexual pelo sexo oposto, com o qual se identifica de maneira não-sexual.

Ressentimentos, inveja, autopiedade, autocomplacência e orgulho são hábitos que já normalmente, se não foram corrigidos nas crianças, só com muita dificuldade se conseguem vencer nos adultos. E o problema torna-se duas vezes pior em pessoas que têm um relacionamento negativo com os pais, pois eles deveriam ser para ela o modelo da disciplina necessária para adquirir as virtudes. Tudo isso fica mais complicado pelo fato de os homens homossexuais terem tido, na maioria das vezes, mães excessivamente protetoras que, sem tomarem consciência disso, alimentavam neles o ressentimento, a autopiedade e o orgulho. E a recuperação torna-se ainda mais difícil quando a pessoa com SSA sofreu abuso sexual na infância ou é viciada em sexo.

Os ativistas gays costumam contestar a classificação da SSA como uma desordem psicológica, afirmando que as organizações de saúde já não consideram a homossexualidade uma doença. Contudo, infelizmente, a homossexualidade perdeu o status de patologia devido a pressões políticas – por parte desses mesmos ativistas gays –, e não a provas cientificas. Pelo contrário, todos os psiquiatras sérios – e que não sofrem de SSA – consideram-na uma alteração psíquica.

Uma das razões que leva alguns leigos a não considerarem a SSA como problema psíquico é a idéia equivocada que fazem da doença mental. Uma pessoa pode viver em sociedade, ter um emprego, travar relações sociais e, ainda assim, carecer da liberdade associada à saúde psíquica em outros aspectos da sua vida. Por exemplo, uma pessoa que sofre de compulsão aquisitiva não é capaz de renunciar ao excesso de bens materiais, por mais inúteis que sejam; os produtos acumulam-se na sua casa a ponto de inutilizar alguns cômodos. Essa pessoa, no entanto, pode sair-se muito bem no seu trabalho e os amigos que não a forem visitar podem jamais perceber o distúrbio. Esta síndrome é extremamente difícil de tratar, e os que sofrem dela insistem em que não precisam de ajuda e lutam contra as tentativas que os outros fazem para corrigi-los.

Como dissemos, a SSA é uma desordem no desenvolvimento psicológico, porque, quando na primeira infância não se desenvolve a autoconfiança e não ocorre a aceitação por parte dos companheiros do mesmo sexo, a pessoa não madurece nesses aspectos, embora continue a amadurecer em outros. Na adolescência, a necessidade de aceitação torna-se tão intensa que acaba por ser interpretada como ansiedade sexual. As autobiografias de pessoas com SSA revelam a natureza essencialmente não-sexual dessa atração, que freqüentemente acabou por ser sexualizada através de um abuso sexual por parte de um adulto.

Em resumo: livrar-se da conduta homossexual não é fácil. As necessidades legítimas devem ser satisfeitas sem recurso ao sexo, os traumas devem ser sanados e os hábitos negativos devem ser vencidos; e tudo isso acompanhado pelo abandono de qualquer tipo de vício.

Devido ao seu histórico, é compreensível que as pessoas com SSA pensem que a redefinição do conceito de matrimônio proporcionar-lhes-á a aceitação que não tiveram. Compreendendo esse histórico, devemos explicar por que isso não vai acontecer.

Dale O´Leary
Historiadora e mãe de família. Escreve regularmente no “The Boston Pilot”


Fonte: ACI Digital
Link: http://www.aciprensa.com
Tradução: Quadrante(Link Tradução)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Já que 92.207 não chegam...

DIGAM-NOS QUANTAS ASSINATURAS QUEREM PARA RESPEITAREM E OUVIREM A VONTADE DO POVO PORTUGUÊS?




POR UM PAÍS MAIS DEMOCRATICO, SUBSCREVA JÁ E DIVULGUE ESTA PETIÇÃO!




Porque o Casamento é um contrato e o Referendo é um direito!

O Casamento - I


Excerto de um diálogo do filme Shadowlands, em que Jack Lewis (C.S.Lewis) conversa com o seu irmão Warnie.

- Tenho uma coisa para te dizer, Warnie.
- Humm. Sim?
- Aceitar casar com a Joy.
- Aceitaste?
- Pareceu-me a coisa certa a fazer.
- Pareceu-te?
- Sim, mas não te preocupes. Aceitei alargar-lhe a minha cidadania britânica, de modo a que ela possa continuar a viver em Inglaterra.
- Casando com ela?
- Sim, mas só tecnicamente?
- Vais casar com a Joy tecnicamente?
- Um casamento a sério é uma declaração perante Deus, e não perante um oficial do Governo.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Um problema para o Genealogistas...

Árvore Genealógica




- Mãe, vou casar!
- Jura, meu filho ?! Estou tão feliz ! Quem é a moça ?
- Não é moça. Vou casar com um moço. O nome dele é Murilo.
- Você falou Murilo... Ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico?
- Eu falei Murilo. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa?
- Nada, não.. Só minha visão que está um pouco turva. E meu coração, que talvez dê uma parada. No mais, tá tudo ótimo.
- Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo...
- Problema ? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora... Ou isso.
- Você vai ter uma nora. Só que uma nora... Meio macho. Ou um genro meio fêmea.
Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um genro quase fêmea...
- E quando eu vou conhecer o meu. A minha... O Murilo ?
- Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido.
- Tá ! Biscoito... Já gostei dele... Alguém com esse apelido só pode ser uma pessoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui ?
- Por quê ?
- Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência.
- Você acha que o Papai não vai aceitar ?
- Claro que vai aceitar! Lógico que vai. Só não sei se ele vai sobreviver... Mas isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que você achou sua cara-metade...
E olha que espetáculo: as duas metade com bigode.
- Mãe, que besteira ... Hoje em dia ... Praticamente todos os meus amigos são gays.
- Só espero que tenha sobrado algum que não seja... Pra poder apresentar pra tua irmã.
- A Bel já tá namorando.
- A Bel? Namorando ?! Ela não me falou nada... Quem é?
- Uma tal de Veruska.
- Como ?
- Veruska...
- Ah !, bom! Que susto! Pensei que você tivesse falado Veruska.
- Mãe !!!...
- Tá..., tá..., tudo bem... Se vocês são felizes. Só fico triste porque não vou ter um neto...
- Por que não ? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu vou doar os espermatozóides. E a ex-namorada do Biscoito vai doar os óvulos.
- Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada?
- Quando ele era hétero... A Veruska.
- Que Veruska ?
- Namorada da Bel...
- "Peraí". A ex-namorada do teu atual namorado... E a atual namorada da tua irmã. Que é minha filha também... Que se chama Bel. É isso? Porque eu me perdi um pouco...
- É isso. Pois é... A Veruska doou os óvulos. E nós vamos alugar um útero.
- De quem ?
- Da Bel.
- Mas . Logo da Bel ?! Quer dizer então... Que a Bel vai gerar um filho teu e do Biscoito. Com o teu espermatozóide e com o óvulo da namorada dela, que é a Veruska...
- Isso.
- Essa criança, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel.
- Em termos...
- A criança vai ter duas mães : você e o Biscoito.E dois pais: a Veruska e a Bel.
- Por aí...
- Por outro lado, a Bel...,além de mãe, é tia... Ou tio.... Porque é tua irmã.
- Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o Biscoito é que entra com o espermatozóide. Que dessa vez vai ser gerado no ventre da Veruska... Com o óvulo da Bel. A gente só vai trocar.
- Só trocar, né ? Agora o óvulo vai ser da Bel. E o ventre da Veruska.
- Exato!
- Agora eu entendi! Agora eu realmente entendi...
- Entendeu o quê?
- Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos!
- Que swing, mãe?!!....
- É swing, sim! Uma troca de casais... Com os óvulos e os espermatozóides, uma hora no útero de uma, outra hora no útero de outra...
- Mas..
- Mas uns tomates! Isso é um bacanal de última geração! E pior... Com incesto no meio...
- A Bel e a Veruska só vão ajudar na concepção do nosso filho, só isso...
- Sei!!!... E quando elas quiserem ter filhos...
- Nós ajudamos.
- Quer saber? No final das contas não entendi mais nada. Não entendi quem vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero, o espermatozóide...
A única coisa que eu entendi é que...
- Que.. ?
- Fazer árvore genealógica daqui para a frente vai ser f...

Luiz Fernando Veríssimo, in (?)



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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Foi o meu presente de Natal para mim próprio...

Como sabem, tenho andado ocupado, mas deixo a sugestão.
Para quem gosta de história é uma leitura simpática e vem contribuir para o fim do obscurantismo de uma época com a qual Portugal ainda não fez as pazes.



MELHOR só o comentário de um dos mais visados na obra e um dos maiores especialistas na área: Jaime Nogueira Pinto, no i, no seu artigo "Como nós fomos..."

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A entrega!



segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Pior que o Sócratas ao Amado...

...só os russos ao Obama!

Porque tem estado parado este blog?


Porque estivemos a trabalhar para as 90785!