sábado, 30 de abril de 2011

Joseph Conrad


«- Sim. Porque não?
Estas palavras, proferidas com ligeira petulância, deixavam entrever o desejo caprichoso de uma mulher amada, caprichoso apenas porque se toma por lei, ocasionalmente constrangedor e sempre dificíl de evitar.
- Porque não? - repetiu ele, com ligeira ironia, como se ela lhe tivesse pedido a Lua. Só que agora sentia-se um pouco irritado com ela, com a volubilidade feminina que tão facilmente se despe de uma emoção como de um elegante vestido de noite.»

[Conrad, Joseph, O Conto, 1902]

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