Na sala lânguida, lúgubre e muito britânica, o sujeito de bigode branco e fraque, perguntou ao pequeno jovem bem parecido que acabara de entrar:
- Então, como foi o funeral?
- Normal - disse com displicência - Abriu-se um buraco no chão, e enterrou-se o corpo.
E mordera raivosamente um éclair que retirara de um tabuleiro de um empregado que passava.
A banalidade com que tratava a morte era tal que falava dela como quem bebia uma imperial. Causava choque, horror, alguns arrepios, mas fazia parte do seu modo de estar, do seu género, da sua rudeza.
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