Sou um atento fã de Prada por dois motivos: Chesterton e a Futuro Presente.
O cupido foi a Futuro Presente. Foram os artigos de Bernardo Calheiros - a quem desde aí estou grato, e a quem apelo para a publicação da sua análise a esta obra cuja edição original data de 2009 - que me despertaram o interesse no autor espanhol (Podem ler-se alguns artigos online). A partir daí foi só comprar e ler.
Mais tarde, e porque fui conhecendo aos poucos a obra de Prada e a sua vida, que reparei no quanto este homem é herdeiro de Chesterton, um dos maiores mestres da escrita e a quem o autor espanhol atribui a sua conversão.
Juan Manuel de Prada é, literalmente, um inconformista. Pior: Prada é um Católico. É um rebelde discordante que se insurge contra o politicamente correcto e o comodismo. E por pôr a sociedade actual em causa; de questionar os seus esquemas mentais, Prada, é também um inconveniente. E é aí que reside parte do interesse do livro: ele é um discurso renovado e não mais do mesmo.
Para além disso, Prada é possuidor de um intelecto privilegiado, e literáriamente é sublime.
Espero (sabendo o desejo irrealista) que, contrariamente ao que é habitual acontecer com os autores espanhóis publicados em Portugal, que Juan Manuel de Prada consiga encontrar com este livro um simpático e afável lugar na estante de todos os portugueses e portuguesas.
Sem comentários:
Enviar um comentário