Eu sempre fui um grande admirador de Paulo Otero.
No entanto, cada vez o sou mais...
"o «Estado de partidos» comportou a desvalorização da força normativa da Constituição ao nível do funcionamento do sistema de governo. E aqui, neste preciso aspecto, a subversão provocada no texto constitucional mostra-se mais próxima da prática seguida nos regimes totalitários do que aquela que seria admissível em regimes democráticos."
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Woman vs Whiskey
PERESTRELLO, SALAZAR E O PADRE: a História do Secretário de Estado da Defesa Português
(Recebida por E-mail)
Nos tempos idos do fascismo, o pai de António Oliveira Salazar era feitor numa grande propriedade do velhote Perestrello situada lá para os lados de Santa Comba Dão. Perestrello teve dois filhos, um rapaz e uma rapariga. A menina ainda foi namorada de Salazar e o rapaz, mais conhecido pelo Perestrello Vasconcellos, que cursou engenharia, quando Salazar chegou ao poder colocou-o como administrador da Casa da Moeda e posteriormente, em 1939, assumiu a gestão do Arsenal do Alfeite.
Perestrello Vasconcellos morreu em 1962 e deixou seis ou sete filhos, dos quais um deles foi engenheiro naval, na Lisnave, e outro, sentiu vocação para sacerdote e veio a ser capelão da Marinha. Em 1959, o capelão Perestrello Vasconcellos fez parte da célebre conspiração "Caso da Sé", na qual participaram vários opositores ao regime como Manuel Serra. Na eminência do capelão também ser preso, o presidente do governo Oliveira Salazar chamou a S. Bento o pai do capelão Perestrello Vasconcellos e aconselhou-o a mandar o filho para o Brasil para que não tivesse o desgosto de ver um filho na prisão. Tudo em consideração ao velhote Perestrello de quem o pai de Salazar tinha sido feitor.
E foi assim, que o padre Perestrello Vasconcellos debandou para o Brasil. Nos anos 70 com a primavera marcelista do primeiro-ministro Marcelo Caetano, o padre Perestrello Vasconcellos regressou a Portugal e foi exercer o sacerdócio na paróquia de Loures.
Num belo dia, o admirado e venerado padre Perestrello Vasconcellos, em plena missa dominical, deixou os paroquianos atónitos e lavados em lágrimas. Anunciou que iria deixar o sacerdócio porque se apaixonara por uma senhora da família Lorena. O padre passou à sua condição de cidadão com matrimónio e dessa união nasceu Marcos Perestrello Vasconcellos, o ex-vereador socialista da Câmara de Oeiras e actual secretário de Estado da Defesa do governo do Partido Socialista.
Conclusão da história: o fascismo e a Igreja Católica deram à luz ilustres socialistas...
sábado, 7 de novembro de 2009
Há lugar para todos?
Guilherme de Oliveira referiu, também, que a nova lei veio permitir que Portugal acompanhe o que tem acontecido nos outros países europeus. “O nosso sistema não é revolucionário, vai no caminho dos países europeus, ainda que mais conservador que, por exemplo, a Espanha”, concluiu.
Mas de onde vem este estrangeirismo? Esta inveja estatal? Esta falta de amor próprio e de razão? De onde vem esta tendência para a globalização?
Sobre a forma como vivemos hoje em dia, perguntei um dia a um professor meu, se um homem não democrático poderia viver em Portugal, se a mesma democracia lhe é imposta e impossível de revogar legalmente. Estendi a pergunta aos outros que sentem a impossibilidade de realização humana só porque vêem as suas crenças e ideais pisados pela regra da maioria, que ilimitada, permite até a minha morte, pressupondo apenas um número considerável de votos. A resposta não foi surpreendente: ninguém é obrigado a viver em Portugal. A pergunta que se colocaria de seguida é esta: pois bem, num mundo onde todos os Estados uniformizam as suas políticas, sem as pensarem, sob lemas de modernismo e evolução, onde poderá um homem não conforme viver, se todos os países do mundos pensam e vivem da mesma maneira.
Engraçado é notar que, numa Europa que sempre viveu sobre a égide da multiculturalidade, com princípios comuns, hoje se assista a uma uniformização de medidas estaduais, sempre no mesmo sentido, sempre nos mesmos fins. Hoje a Europa - e piorará depois de 1 de Janeiro - está mais centralizada e uniforme que os Estados Unidos. Mais graça tem notar que a Europa, quando toma estas medidas, procura apenas seguir o modelo americano, na ânsia de fazer frente à sua hegemonia, que a Europa perdeu à não muito tempo. No fundo, são como crianças que copiam do vizinho da carteira do lado, num teste. O problema é que a Europa copia mal. Mais: o problema é que a Europa copia mal o que está bem, e bem o que está mal.
Hoje cada vez mais se procura por fim às identidades. Mas se as enterrarem, levem também aqueles mentirosos motes banais e cínicos, que tantos placards publicitários enchem, e que dizem que "neste mundo há lugar para todos".
Mas de onde vem este estrangeirismo? Esta inveja estatal? Esta falta de amor próprio e de razão? De onde vem esta tendência para a globalização?
Sobre a forma como vivemos hoje em dia, perguntei um dia a um professor meu, se um homem não democrático poderia viver em Portugal, se a mesma democracia lhe é imposta e impossível de revogar legalmente. Estendi a pergunta aos outros que sentem a impossibilidade de realização humana só porque vêem as suas crenças e ideais pisados pela regra da maioria, que ilimitada, permite até a minha morte, pressupondo apenas um número considerável de votos. A resposta não foi surpreendente: ninguém é obrigado a viver em Portugal. A pergunta que se colocaria de seguida é esta: pois bem, num mundo onde todos os Estados uniformizam as suas políticas, sem as pensarem, sob lemas de modernismo e evolução, onde poderá um homem não conforme viver, se todos os países do mundos pensam e vivem da mesma maneira.
Engraçado é notar que, numa Europa que sempre viveu sobre a égide da multiculturalidade, com princípios comuns, hoje se assista a uma uniformização de medidas estaduais, sempre no mesmo sentido, sempre nos mesmos fins. Hoje a Europa - e piorará depois de 1 de Janeiro - está mais centralizada e uniforme que os Estados Unidos. Mais graça tem notar que a Europa, quando toma estas medidas, procura apenas seguir o modelo americano, na ânsia de fazer frente à sua hegemonia, que a Europa perdeu à não muito tempo. No fundo, são como crianças que copiam do vizinho da carteira do lado, num teste. O problema é que a Europa copia mal. Mais: o problema é que a Europa copia mal o que está bem, e bem o que está mal.
Hoje cada vez mais se procura por fim às identidades. Mas se as enterrarem, levem também aqueles mentirosos motes banais e cínicos, que tantos placards publicitários enchem, e que dizem que "neste mundo há lugar para todos".
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